O “De Crepusculis de Pedro Nunes”. Uma Leitura Actualizada

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O “De Crepusculis de Pedro Nunes”. Uma Leitura Actualizada
In-4to, com [ii] – 334 páginas. 23,5 x  17,4 x 2 cms.

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Description

O “De Crepusculis de Pedro Nunes”. Uma Leitura Actualizada
Vilar, Carlos A. S.

 

Universidade do Minho, Centro de Matemática, Braga, 2006.
In-4to, com [ii] – 334 páginas. 23,5 x  17,4 x 2 cms.
Ilustrado.
ISBN : 989-95122-2-2
Livro de capa mole original, ilustrada.
Livro algo raro. Tiragem de somente 750 exemplares
Em muito bom estado de conservação: capas, lombada, interior, impecáveis / como novo / nunca lido.

PT
Livro de capa mole original, ilustrada, de Allacen, árabe mui antigo, sobre as causas dos Crepúsculos, tirado outrora do latim por Gerardo de Cremona e agora de novo revisto pelo mesmo Pedro Nunes.
As transcrições das obras reproduzem as ilustrações gráficas das obras quinhentistas originais. Acresce ao texto original, a edição revista e anotada.

Pedro Nunes (1502-1578) foi o mais importante cientista português de todos os tempos, e um dos grandes nomes da ciência europeia no século XVI. O seu nome é bem conhecido em Portugal, figurando em ruas, escolas e institutos. A sua efígie aparece em estátuas, moedas e selos. Como imagem histórica, tem no nosso país um grau de reconhecimento comparável a Luís de Camões e Vasco da Gama. Mas, ao contrário do que acontece com o poeta e o navegador, das obras e actividades de Pedro Nunes o grande público pouco sabe. Terá ouvido falar em certo instrumento de medida por ele concebido, de que depois os franceses se teriam maldosamente apropriado. Mas não mais do que isso. […]

O De Crepusculis é por vários comentadores considerado a obra-prima de Pedro Nunes. Nele o matemático analisa, em resposta a uma pergunta do príncipe D. Henrique – o futuro Cardeal-Rei –, o problema da “extensão do crepúsculo em diferentes climas”, a que aplica o rigor do seu poderoso raciocínio. Entre outros resultados, determinou a data e a duração do crepúsculo mínimo para cada lugar no globo. O mesmo problema ocupou os irmãos Bernoulli século e meio mais tarde. É neste livro que Pedro Nunes concebe o engenhoso instrumento para medidas de precisão a que mais tarde se veio a chamar “nónio”. O instrumento terá sido usado por Tycho Brahe nas suas extensas observações astronómicas.

Sobre esta obra, a literatura não é abundante, podendo citar-se: Carlos Vilar, “O «De Crepusculis» de Pedro Nunes”, História e Educação Matemática, vol. II, p. 65-72, Braga, 1996, e Eberhard Knobloch, “Nunes’s «Book on Twilights»”, Petri Nonii Salaciensis Opera, p.113-140, Lisboa, 2003. Essa rarefacção torna ainda mais importante o livro que agora se apresenta.

Há muitas maneiras de conhecer e divulgar uma obra. A que Carlos Vilar aqui nos propõe é, depois de uma síntese de apresentação, uma leitura pausada e pormenorizada, com comentários e análises explicativas, em linguagem e simbologia dos nossos dias, do texto completo do De Crepusculis. Tal leitura tornará muito mais acessível esta obra de Pedro Nunes.

Em anotação ao De Crepusculis, disse Joaquim de Carvalho, ao mencionar as repercussões da obra na Europa, que ela “logrou a consagração inerente às explicações científicas, entrando e fluindo, muitas vezes anonimamente, no caudal dos conhecimentos exactos que constituem património da Humanidade.” Tal apreciação é adequada a toda a obra científica de Pedro Nunes, cujo conhecimento mais generalizado ganharia com a publicação de outros textos como este do Doutor Carlos Vilar. Para os leitores interessados na história e na cultura de Portugal, o autor é credor de felicitações e agradecimentos.

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