Description
Aparição (edição especial).
Ferreira, Vergílio et al.
Desenhos de Júlio Resende
Portugália Editora, Lisboa e Editorial Inova, Porto, 1968
Capa mole com ilustração editorial | Pictorial illustration softcover | Couverture souple avec illustration éditeur.
1.ª edição comemorativa, com 2 volumes (completo) acondicionados em caixa editorial, com 27,5 cm x 20 cm, de 248 págs. + 12 folhas em extra-texto + 52 págs.
Impressão em papel de superior qualidade
Pode, ou não, conter uma assinatura de posse
Profusamente Ilustrados | Profusely Illustrated | Abondamment ilustrés
Livros em muito bom estado | Book in very good + condition | Condition: très bon état.
Idioma | Language: Português | Portuguese | Portugais
É o n.º 452 da tiragem comum declarada de 1.000 exemplares
Posfácio inédito de Vergílio Ferreira, escrito especialmente para esta edição
Ilustrações de Júlio Resende
Grafismo de Armando Alves
PT
Magnífica edição comemorativa dos vinte e cinco anos de exercício criativo do romancista, mas também reconhecido professor liceal. Duas editoras juntam-se satisfazendo a justa homenagem com a reedição ilustrada do romance de Vergílio Ferreira que, aos neo-realistas empedernidos de então (1959), mais custou aceitar. Não sendo propriamente o seu romance da viragem estética, é sem dúvida a sua primeira obra-prima…
A vertente edição, os editores, para além do bom gosto da paleta de Resende, complementaram-na com uma brochura que reúne alguma efémera, como seja artigos de opinião, fotos, reprodução de manuscritos, aforismos, etc.
Publicado em 1959, Aparição, de Vergílio Ferreira, é uma das obras mais emblemáticas do romance português do século XX – e um momento decisivo no percurso literário e filosófico do autor, personificado, de alguma maneira, pelo encontro entre Alberto e Cristina, duas personagens: «o milagre de uma aparição», «súbita aparição, foste surpresa em tudo para todos». Em Aparição, o que está em jogo é o destino e a insatisfação diante do visível, ou seja, toda a nossa condição humana. Um romance inesquecível que atravessa o tempo e fixa as inquietações que nunca cessam.
Romancista e ensaísta português, natural de Melo (Gouveia), nasceu em 1916 e morreu em 1996. Estudou no Seminário do Fundão, licenciou-se em Filologia Clássica na Universidade de Coimbra e exerceu funções docentes no Ensino Secundário. Notabilizou-se no domínio da prosa ficcional, sendo um dos maiores romancistas portugueses deste século.
Literariamente, começou por ser neo-realista (anos 40), com “Vagão Jota” (1946), “Mudança” (1949), etc. Mas, a partir da publicação de “Manhã Submersa” (1954) e, sobretudo, de “Aparição” (1959), Vergílio Ferreira adere a preocupações de natureza metafísica e existencialista. A sua prosa, que entronca na tradição queirosiana, é uma das mais inovadoras dos ficcionistas deste século.
O ensaio é outra das grandes vertentes da sua obra que, aliás, acaba por influenciar a sua criação romanesca. Temas como a morte, o mistério, o amor, o sentido do universo, o vazio de valores, a arte, são recorrentes na sua produção literária. Além disto, Vergílio Ferreira deixou-nos vários volumes do diário intitulado “Conta-Corrente”. Das suas últimas obras destacam-se: “Espaço do Invisível”, “Do Mundo Original” (ensaios), “Para Sempre” (1983), “Até ao Fim” (1997) e “Na tua Face” (1993). Recebeu o Prémio Camões em 1992.
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