Como a Pintura coloriu as nossas vidas. 10 livros de Arte fundamentais da nossa biblioteca

A arte de pintar surgiu na pré-história, quando os povos nómadas usavam pinturas em paredes rochosas. Conheças os 10 livros de Arte fundamentais da nossa biblioteca.

Os desenhos eram feitos com carvão, pigmentos vegetais e minerais, deixando marcas nas cavernas por onde passavam, mensagens para os vindouros – porventura – homens primitivos, os primeiros pintores que assim demonstravam o seu quotidiano.

Esta manifestação artística é tão relevante que se tornou das principais formas de representação e comunicação desde os primeiros povos até aos dias de hoje.

A pintura ultrapassou barreiras territoriais e técnicas, reinventando-se ao longo dos milhares de anos, desde a Pintura Rupestre até à Pop Art.  É então possível assumir que a importância da pintura se observa na maneira como a humanidade se expressa e as influências que esta tem na nossa cultura, política e economia.

Então para si, apaixonado por arte, deixamos-lhe aqui 10 títulos fundamentais da nossa biblioteca! Esperemos que goste da seleção e desejamos-lhe boas compras e … ótima leitura!

1
A Genealogia do Infante D. Fernando de Portugal de António de Holanda, Simão Bening, Martim de Albuquerque e João Paulo de Abreu (Introdução e notas)
| Capa dura encadernado a couro sintético vermelho com letras a ouro na pasta dianteira e na lombada, com sobre-capa com ilustração editorial, protegido por caixa de cartolina arquivadora | 107 páginas | 48,5 x 33,5 x 2 cms

Obra incontornável! O detalhe, a minúcia, a compreensão e o entendimento da História de Portugal no final da Idade Média estão bem plasmados nas finas e delicadas iluminuras de uma beleza, grandiosidade e finura que só um artista flamengo nos poderia oferecer.

A Genealogia do Infante D. Fernando de Portugal, para além do excelente texto introdutório, é uma peça rara e única, pois reproduz na íntegra (fac-simile) o manuscrito iluminado conservado da British Library (ADD.12531).

Obra com a reprodução das páginas finamente iluminadas por uma oficina flamenga com o propósito inacabado de mostrar a união das Casas Reais portuguesa e espanhola, na pessoa do Infante Dom Fernando, antepassado de D. Manuel e igualmente descendente do Conde Dom Henrique e de seu pai o Rei Santo Estevão da Hungria.

Um livro para ter, ler e amar!

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2
Andrew Wyeth. Memory and Magic de Anne Classen Knutson |
Capa dura encadernado a tecido castanho com letras a dourado na lombada e na pasta frontal e sobre-capa com ilustração editorial | 224 páginas | 25.6 x 2.4 x 29.5 cm

Pintor de vastos silêncios e de meditações intemporais, Andrew Wyeth descende de uma linhagem de grandes artistas. Este belíssimo livro leva-nos a uma viagem pela vida íntima, pelos lugares e pelas pessoas que caracterizaram, com uma atroz simplicidade e efemeridade, a vida de Wyeth.

Tentando uma abrangência apropriada à amplitude e escopo da prolífica obra de Wyeth, “Andrew Wyeth: Memory & Magic” concentra-se no caso de amor contínuo do artista com as coisas quotidianas – domésticas, naturais e arquitetónicas.

Encontrados em todos os retratos, paisagens e interiores domésticos de Wyeth, esses objetos formam padrões que iluminam temas centrais e revelam o artista lutando com questões de memória, temporalidade, incorporação e metafísica. O livro inclui uma série de retratos, que apresentarão aos leitores as pessoas associadas a essas coisas e lugares pintados.

Organizado cronológica e tematicamente, este livro explorará a forma como a abordagem do artista a esses assuntos foi formada no início de sua carreira, se tornou distinta no seu período intermediário e foi revisitada de maneiras novas e surpreendentes nos últimos anos da mesma.


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3
Are Communists Allowed to Dream? The Gallery of the Palace of the Republic
de Michael Philipp | Capa dura com ilustração editorial | 96 páginas | 24,8 x 30,8 x 1,6 cm.

Esta coleção de dezasseis pinturas em grande escala, encomendada em 1975 pelo governo da Alemanha Oriental, a antiga RDA (República Democrática da Alemanha), é um espelho dos seus objetivos sociais e políticos antes do início da reunificação.

O Palácio da República foi inaugurado em 1976 para abrigar o parlamento da Alemanha Oriental e para fornecer um centro histórico e cultural para o público desfrutar. Durante a construção, o governo contratou dezasseis artistas para criar pinturas em resposta à pergunta fundamental … “podem os comunistas sonhar?”

Artistas como Bernhard Heisig, Wolfgang Mattheuer, Willi Sitte, Werner Tübke, Walter Womacka e Hans Vent contribuíram com obras de grande porte. Eles pintaram nos seus estilos pessoais, mas ainda permaneceram dentro da tradição da pintura realista na Alemanha Oriental.

Com a queda do Muro e a reunificação, as pinturas foram retiradas da vista do público em 1990. O próprio palácio foi demolido em 2006. Este volume acompanha a primeira exposição pública das pinturas desde 1995 e lança uma nova luz sobre a compreensão do governo da Alemanha Oriental da arte e da sua ideia de auto-representação.

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4
Ensor
de Luc Tuymans | Capa mole com abas | 176 pags., Ilustrado 29 x 23 x 1.7 cm


Para se conhecer a obra de um dos mais enigmáticos pintores do século XIX – XX, o pintor belga James Ensor (1860–1949), é preciso um livro assim! Saindo raramente da sua cidade natal, Ostend (norte da Bélgica – Flandres), e dividindo seu tempo entre pintar e trabalhar na loja de curiosidades de sua família, Ensor levava uma vida recheada de pouco.

Publicado em conjunto com uma exposição na Royal Academy de Londres, este catálogo é ilustrado com mais de 70 de suas obras mais intrigantes, ao lado de fotos do artista e seu círculo.

Os ensaios exploram as raízes da arte de Ensor e as fontes de suas imagens bizarras de esqueletos e máscaras de carnaval nos negócios da família.

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5
Emil Nolde. The Grotesques
de Christian Ring, Ulrich Luckhardt, Caroline Dieterich e Daniel J. Schreiber (Coordenadores) | Capa dura com ilustração editorial | 176 páginas | 28 x 22,6 x 2 cm

Este magnífico e belo livro está recheado das imagens bizarras e sobrenaturais do grande expressionista que foi Emil Nolde. Embora famoso pelas suas vistas dramáticas dos oceanos e jardins de flores coloridas, seu amor pelo fantástico e grotesco tem recebido pouca atenção, apesar de ficar claro pela sua autobiografia e por muitas cartas que se conservaram, que elas tiveram um impacto significativo em seu trabalho artístico. Até agora!

Além da sua primeira pintura a óleo, a Bergriesen (Mountain Giants, 1895/96), dos seus cartões-postais alpinos anteriores a 1900 também mostram seu fascínio pelo imaginário: aqui, as montanhas suíças aparecem como bizarras fisionomias humanas.

O seu afastamento da realidade em favor de um mundo grotesco e alternativo pode ser percebido ao longo de sua obra, desde seus primórdios, o Grotesken (1905) e aguarelas de 1918/1919, aos anos em que foi proibido de exercer sua profissão pelos Nazis.

O catálogo da exposição, que apresenta obras de arte nunca antes mostradas, é também o primeiro a descobrir um lado fascinante do grande pintor e aguarelista.

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6
From Russia. French and Russian Master Paintings, 1870-1925. From Moscow and St Petersburg
de Ann Dumas e Sir Norman Rosenthal | Capa mole com ilustração editorial | 319 páginas | 28 x 23 x 2,8 cms

Há algo na pintura russa que nos envolve, nos acaricia, nos enternece e espanta, para logo de seguida, nos despertar num rompante de cor, virtuosismo e beleza! Este excelente catálogo, publicado para acompanhar a mostra organizada pela Royal Academy of Arts, de grande e retumbante sucesso, é um exemplo disso mesmo.

Recheado de fotografias das pinturas russas, o livro está dividido em duas seções – a primeira apresentando pinturas francesas em coleções russas, a segunda apresentando pinturas de artistas russos dos períodos contemporâneos.

É um livro belamente ilustrado com mais de 300 fotografias coloridas das pinturas da exposição, mais referências e trabalhos comparativos incluídos para ilustrar os ensaios que os acompanham.

Existem muitos exemplos de artistas pouco representados em coleções fora da Rússia, o que o torna obrigatório para qualquer pessoa interessada na pintura russa.

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7.
Os Lusíadas. 1572 – 1972. Edição comemorativa do quarto centenário da publicação de “Os Lusíadas” de Luís de Camões | Capa dura com ilustração editorial e caixa protetora | 460 páginas | 33,3 x 24,9 x 5,4 cm

Magnífico livro, soberba e originalmente ilustrado, editado no IV centenário da publicação da obra. Desenhos originais de Gouvêa Portuense, prefaciado pelo Professor Doutor Manuel Lopes de Almeida. Obra encadernada. Ilustrada ao longo das suas 1102 estrofes com cerca de 1500 iluminuras, impressas a 9 cores.

As dez aberturas do Poema foram pintadas, cada uma delas, numa alusão ao canto. E é aqui que reside a beleza desta edição, graças à força da Epopeia contada pelo ímpar Camões, assim como à beleza, imaginação, busca iconográfica e evocação das magníficas ilustrações do não menos ímpar Gouvêa Portuense.

Quantas palavras exige contar um país inteiro que descobre todo um mundo novo? Camões escreve todas e cada uma delas. São 10 cantos, 1102 estrofes e 8816 versos, que erguem Os Lusíadas, editados em 1572, e que narram a grande epopeia chamada Portugal.


Falta contar as palavras — peças únicas de uma joia chamada Língua Portuguesa — que vão de «As armas…» até à fatal e final «inveja». Porque as palavras não se contam. Contam-nos.

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8
Frederic Lord Leighton. A Princely Painter of the Victorian Age. 1830-1896 Painter and Sculptor of the Victorian Age de Christopher Newall; Elizabeth Prettejohn; Daniel Robbins; Michael Burhs; Margot Brandlhuber (coordenadores) | Capa dura com ilustração editorial | 208 páginas | 28 x 20,5 x 2,1 cm

Haverá pintura mais elucidante e narrativa, bela e pormenorizada, detalhada e evocativa, inspiradora e inspirada, poética e romântica que a que emanou da segunda metade do século XIX inglês? E dentre ela, algo que supere Frederic Lord Leighton? Assim o demonstra este livro!

Esta magnificamente ilustrada monografia inclui mais de cem belas reproduções do trabalho de Leighton, juntamente com uma exploração do papel que o classicismo desempenhou nas suas pinturas.

Pintor e escultor Frederic, Lord Leighton, é um dos principais artistas da escola clássica vitoriana. As suas obras-primas com temas mitológicos são consideradas a inspiração por detrás do fascínio do século XIX pelo mundo grego.

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9
La Pintura Gótica Hispanoflamenca : Bartolomé Bermejo y Su Época de , Francesc Ruiz i Quesada; Ana Galilea Antón; Silvia Cañellas et al | Capa mole | 587 páginas | 30 x 24.2 x 4 cm

Exposição realizada no Museu Nacional de Arte da Catalunha, de 26 de fevereiro a 1 de maio de 2003, por ocasião do 500º aniversário da morte de Bartolomé Bermejo, mostra as influências da pintura flamenga, que deixou uma marca tão profunda nos artistas de Valência, Aragão, Catalunha, Maiorca e Espanha em geral, e toma como referência a vida, o trabalho e as viagens desse pintor.

Organizada em colaboração com o Museu Nacional de Arte da Catalunha (MNAC), a exposição reúne mais de setenta obras-primas representativas de novidades artísticas que, sob a influência da pintura flamenga, foram produzidas nos reinos hispânicos durante a segunda metade do século XV e primeiros anos do século XVI.

O principal objetivo da exposição é mostrar – através de obras emblemáticas de Juan de Flandes, Jaume Huget, Diego de la Cruz, Luis Dalmau e Pedro de Berruguete, entre outros – a repercussão decisiva da pintura flamenga nos artistas dos reinos hispânicos do século XV e o diálogo artístico fértil entre Bermejo e seus contemporâneos peninsulares e flamengos.

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10
Milk and Honey: Contemporary Art in California de Justin van Hoy | Capa dura com ilustração editorial | 240 páginas | 25 x 2.9 x 28.7 cm., 1,5 kg

“Milk and Honey: Contemporary Art in California”, destaca novos trabalhos de artistas contemporâneos que estão estética e regionalmente unidos por uma variedade de meios e dados demográficos.

Ao apresentar artistas desconhecidos e emergentes ao lado de ícones estabelecidos da Califórnia, a que todos chamam de lar, Milk and Honey reconhece o fato de que a região e o estilo de vida influenciam diretamente o processo de trabalho e, em última análise, o estado das imagens contemporâneas.

No mesmo espírito que o recente show seminal do MOCA de Roger Gastman e Jeffrey Deitch: Art in the Streets, Milk and Honey celebra um grupo de artistas contemporâneos com raízes em várias áreas, incluindo a arte do grafite, a cultura do surf e do skate, e outras influências exclusivamente californianas.

Como fica evidente naquela aclamada exposição do museu – bem como na atual Pacific Standard Time Show em Los Angeles – a Califórnia afeta as tendências e prepara o cenário nacional e internacionalmente para algumas das artes mais criativas que estão sendo feitas no mundo hoje.


Mais de 50 artistas apresentados, incluindo: Ed Ruscha, Ed Templeton, Cleon Peterson, Megan Whitmarsh, Sage Vaughn, RETNA, Piero Golia e Ye Rin Mok.

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