Portugal. Reflexos de uma Nação… Em livros

É impossível não se amar Portugal! Como não se gostar da sua diversidade, da humana e pequena monumentalidade da sua paisagem, mesmo quando confrontados com o perder de vista dos seus mares ou das intermináveis searas do Alentejo? Tantos e tantos que o cantaram… Através de livros poderemos ver os Reflexos de uma Nação.

Os portugueses foram o primeiro povo europeu a enfrentar o mar aberto para explorar novos territórios, ampliando assim os limites do mundo conhecido até aos dias de hoje. Deste modo, o país detém uma forte herança histórica e arquitetónica, sendo possível a quem visita, desfrutar de uma verdadeira viagem pelo tempo.

Portugal tem-se vindo a assumir como um destino de excelência, distinguindo-se pela sua beleza natural, pela gastronomia, pelas praias e pela história rica em tradição.

Uma das melhores maneiras de conhecer um povo, os seus costumes e tradições, é através do estudo das suas origens e de como a sua identidade foi moldada ao longo do tempo.

Sendo um leitor regular ou não, um livro será sempre uma excelente ferramenta de inspiração e aprofundamento de conhecimentos para uma viagem futura, desvendar pormenores e recantos que irão enriquecer a sua experiência com significados que vão muito para além dos habituais guias de viagem.

Deste modo, trazemos-lhe alguns dos reflexos desta pequena e especial nação em 5 grandes títulos:

1
O Pão em Portugal de Mouette Barboff

O pão é-nos tão familiar e integra de tal forma o nosso quotidiano que esquecemos por vezes que está na base da nossa civilização e este livro, ampla e belamente ilustrado, constitui um levantamento inédito do Pão em Portugal, um belíssimo livro que cheira a pão acabado de cozer!

Cada país tem a sua história, cada terra tem o seu pão! Os pães tradicionais, quer de trigo, quer de centeio ou de milho, fazem parte do nosso património gastronómico e cultural. Partindo desta convicção, este livro tem como objectivo redescobrir os pães mais representativos e prestigiados de Portugal, apresentando a sua história e descrevendo as suas particularidades e modos de fabrico.

Aqui encontramos os incontornáveis Pão Alentejano, a Broa de Avintes, a Regueifa ou o Pão de Mafra, produzidos por padeiros experientes em ambiente regional e autêntico.

Esta obra fundamental faz ainda uma incursão na chamada cozinha do pão, as receitas tradicionais que têm o pão como produto base: as Açordas, as Migas, os Ensopados…

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2
Regional Costume in Portugal de Tomaz Ribas

Belo livro, tão belo como os trajes que ilustra, com a descrição e representação fotográfica de quase todos os trajes regionais portugueses, numa apresentação dividida por regiões e pelas suas respectivas funções (de trabalho, passeio, honra, festa, acontecimento religioso, etc.).

No actual mundo ocidental, o quase total desaparecimento do uso quotidiano de trajos regionais, para além de ser um fenómeno universal, é uma das mais evidentes realidades e uma das mais drásticas consequências dos efeitos do progresso técnico e das transformações sociológicas que caracterizam o nosso tempo.

Constituindo um dos mais importantes e eloquentes aspectos da cultura tradicional de qualquer povo e um dos mais significativos e expressivos testemunhos de uma qualquer comunidade popular, os trajos regionais, hoje em dia, são um elo importante que une as camadas sociais populares com o seu passado.

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3
Portugal. O Turismo no Século XX de Paulo Pina

Não será esta uma forma de descobrirmos a riqueza do nosso Portugal e a forma como os outros se apaixonaram por ele e pelas suas belezas?

Trabalho interessante sobre as fundações e os pilares do início da atividade do Turismo em Portugal. Coproduzido por Correios e Telecomunicações de Portugal e Telefones de Lisboa e Porto. Patrocinada por Direção Geral de Turismo.

A sobrecapa apresenta uma reprodução do quadro “À Beira Mar Praia das Maçãs” (1926) de José Malhoa.

Profusamente ilustrado a cores e preto e branco. Ilustrações provenientes da recolha destinada à ‘Exposição Retrospectiva do Turismo em Portugal no Século XX’ (Porto, 1986, Lisboa e Montechoro, 1987).

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4
Viagem a Portugal de José Saramago

Entre outubro de 1979 e julho de 1980, José Saramago percorreu o país lés a lés a convite do Círculo de Leitores, que comemorava o décimo aniversário da sua implantação em Portugal.

Renovando o esquematismo tradicional do guia turístico, esta Viagem a Portugal constitui uma revelação surpreendente de um país, precisamente o nosso país, banalizado pela proximidade, pelo abuso do cliché. Pela pena inconfundível de Saramago, o leitor é levado a conhecer o autêntico rosto duma terra inesgotável, por caminhos humanos e naturais cuja beleza e força nos surpreendem. As soberbas fotografias de Maurício Abreu acompanham o texto de Saramago.

Disse o autor após esta surpreendente deambulação, misto de crónica, narrativa e recordações, que «o fim de uma viagem é apenas o começo de outra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na primavera o que se vira no verão, ver de dia o que se viu de noite… É preciso voltar aos passos que foram dados, para os repetir, e para traçar caminhos novos».

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5
Portugal – O Sabor da Terra. Minho.  de José Mattoso e Suzanne Daveau (textos); Duarte Belo (fotografias e suas legendas)

Uma obra pensada para todos os portugueses numa data que orbitou Portugal nas bocas do Mundo: 1998 e a Expo 98! A um texto profundo de conhecimento pluridisciplinar da região focada pelo livro, segue-se um mapa com a localização das andanças e a este seguem-se umas dezenas de fotografias a preto-e-branco, fotografias de Duarte Belo, por si só meritórias de uma obra única.

Uma obra para os portugueses que persistem em tentar perceber-se a si mesmos. Através de imagens de monumentos e paisagens e de textos baseados em dados geográficos e históricos, esta obra define os caracteres próprios de Portugal no seu conjunto, e de cada uma das suas regiões em particular.

Nesta coleção selecionámos textos de diferentes áreas de estudo, fundadoras do conhecimento da história, da arte e da arquietctura, da geografia, da economia, da paisagem portuguesas, de elevado rigor científico e de teor generalista.

Sugerimos assim um conjunto de obras para o conhecimento do que fomos e do que somos, de autores incontornáveis, como José Mattoso, Suzanne Daveau e as magníficas fotografias coadas através de uma visão introspectiva do que fomos e somos, de Duarte Belo, pioneiros no outro modo de ler e interpretar Portugal.

“[…] Foram as mais demoradas viagens em Portugal, numa sequência constante de saídas ao longo de muitos meses. Um mergulho num Portugal profundo, extremamente diversificado e desconcertante. Foi também o desenvolvimento da noção clara de um processo de transformação do território em movimento de aceleração […].” – Duarte Belo (website)

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